subsistema
elétrico
Definição, importância e como evitar defeitos no subsistema elétrico
As instalações elétricas são compostas por um conjunto de componentes, especificados em projeto, para atender com segurança a um determinado uso, compatível com o tipo e quantidade de aparelhos eletroeletrônicos previstos na edificação. São classificadas em baixa, média ou alta tensão, de acordo com o nível de tensão nominal.
As instalações representam a interligação adequada de diversos componentes elétricos, que passam a funcionar como um circuito, levando energia da rede elétrica até um determinado ponto de uso.
Principais componentes
Quadro de distribuição (Quadro de luz e força)
Equipamento onde ocorrem as divisões dos circuitos, que alimentam os pontos de luz e tomada, e onde estão alojados os dispositivos de segurança.
Disjuntor
Dispositivo de proteção contra o aquecimento excessivo dos fios e cabos elétricos, que desliga automaticamente em caso de sobrecarga ou curto-circuito.
Interruptor diferencial residual (DR)
Dispositivo de proteção contra choques elétricos, que desliga automaticamente em caso de risco de acidente.
Dispositivo protetor de surto (DPS)
Dispositivo de proteção contra sobretensões causadas por surtos, geralmente precedidos pela queda de raios ou pelo desligamento da rede elétrica.
Tomada elétrica
Pode ser de 10 ampères (10 A) ou 20 ampères (20 A), dependendo da carga que deve alimentar. Segue o novo padrão estabelecido na norma ABNT NBR 14136.
Condutor elétrico
Composto por um condutor de cobre de alta pureza e revestido por um material isolante. Transporta a energia elétrica até o ponto de uso.
Condutor de proteção (Fio terra)
Condutor elétrico que conecta um circuito ao solo (terra), evitando possíveis “fugas” de corrente por outros pontos da instalação, diminuindo o risco de choques elétricos.
Como garantir segurança e desempenho
As instalações devem ser projetadas, executadas e mantidas seguindo as normas técnicas vigentes. Entre elas, a ABNT NBR 5410 – Instalações elétricas de baixa tensão, ABNT NBR 14039 – Instalações elétricas de média tensão de 1,0 kV a 36,2 kV.
Importante também, no caso de instalações de baixa tensão (até 1000 V em corrente alternada), utilizar apenas materiais certificados pelo Inmetro, quando houver regulamentação a respeito.
Fatores de risco
Interrupção ou falha no fornecimento de energia elétrica, causando defeitos em equipamentos elétricos;
Choques elétricos, causando danos a pessoas e animais, como parada respiratória, queimadura, tetanização, entre outros;
Incêndios e explosões.
Possíveis causas
Projeto, uso de materiais ou execução inadequados, sem atender aos padrões mínimos de segurança e qualidade;
Defeito ou falta de manutenção nas redes externa e interna e nos aparelhos elétricos;
Sobreaquecimento, sobrecarga, defeitos na isolação de cabos e nas emendas e curto-circuito.
Como evitar
Realize as instalações respeitando as normas técnicas vigentes, incluindo a NR10;
Contrate mão de obra ou empresas instaladoras capacitadas e certificadas;
Utilize materiais adequados e com a devida certificação compulsória do Inmetro;
Realize inspeções periódicas e manutenções preventivas, incluindo o sistema de para-raios, conforme estabelecido pelas normas técnicas;
O centro de medição e as áreas técnicas devem ter acesso controlado e não devem ser utilizados para depósito de materiais;
Quadros de luz e força
Os disjuntores que compõem os quadros de luz e força nunca devem ter sua capacidade alterada. Eles são dimensionados para atender os circuitos aos quais estão relacionados. Sua função é proteger a fiação do circuito de acordo com a capacidade que ela pode aguentar. Quando se altera um disjuntor para outro com corrente (amperagem) maior, coloca-se a instalação em risco de incêndio;
A área ao redor dos quadros de luz deve ser preservada, evite furos nessas paredes; Em caso de sobrecarga momentânea, o disjuntor do circuito atingido desligará automaticamente. Nesse caso, religue o componente. Caso volte a desligar, é sinal de sobrecarga ou curto em algum aparelho ou no próprio circuito. Se isso acontecer, chame um técnico;
Nunca ligue aparelhos diretamente no barramento dos quadros.
Circuitos e tomadas
Antes de utilizar um equipamento, verifique a sua potência (ou corrente) para evitar a sobrecarga da capacidade do circuito que alimenta a tomada e a própria tomada;
Nunca utilize benjamins (dispositivos que possibilitam a ligação de vários aparelhos em uma tomada) ou extensões com várias tomadas. Elas provocam sobrecarga;
A instalação de equipamentos, luminárias ou similares deve ser feita por empresa capacitada, levando em conta o aterramento, a tensão (voltagem), seção nominal (bitola) e qualidade dos fios, além das isolações, tomadas e plugues a serem empregados;
Dê atenção especial às tomadas de voltagem 220V. Elas devem ser sinalizadas para garantir a segurança de equipamentos de voltagem diferente;
A manutenção deve ser feita sempre com os disjuntores desligados e por um profissional habilitado ou capacitado, dependendo da complexidade;
Quando for realizar manutenções simples nas instalações, como troca de lâmpadas, limpeza ou reaperto de componentes, desligue os disjuntores correspondentes.
Dica
Só instale lâmpadas compatíveis com a tensão do projeto (no caso dos circuitos de 110 volts, utilize preferencialmente lâmpadas de 127 volts, para prolongar a vida útil delas);
A limpeza das partes externas das instalações elétricas (espelho, tampas de quadros etc.) devem ser feita com pano seco;
Não faça ligações clandestinas (gatos) nos cabos de suprimento de energia;
Em caso de incêndio, se possível, desligue o disjuntor geral do quadro de distribuição e utilize somente extintor de gás carbônico (CO2) ou pó químico. Nunca use água ou outro agente que contenha água em sua composição;
Adquira equipamentos elétricos de baixo consumo de energia.